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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Cinder – Trilogia Crônicas Lunares 1 - Marissa Meyer

Fonte: Editora Rocco

AUTORA: Marissa Meyer
EDITORA: Rocco
ISBN: 9788579801525
ANO: 2013 
NÚMERO DE PÁGINAS: 448
SÉRIE: Crônicas Lunares
VOLUME: 1

 Num mundo dividido entre humanos e ciborgues, Cinder é uma cidadã de segunda classe. Com um passado misterioso, esta princesa criada como gata borralheira vive humilhada pela sua madrasta e é considerada culpada pela doença de sua meia-irmã. Mas quando seu caminho se cruza com o do charmoso príncipe Kai, ela acaba se vendo no meio de uma batalha intergaláctica, e de um romance proibido, neste misto de conto de fadas com ficção distópica. Primeiro volume da série As Crônicas Lunares, Cinder une elementos clássicos e ação eletrizante, num universo futurístico primorosamente construído.

TRAILER
Fonte: Site oficial da autora Marissa Meyer


“Ela era um ciborgue e nunca iria ao baile”

            Não faz muito tempo que postei aqui a resenha de Um Perfeito Cavalheiro, também uma releitura do clássico Cinderela. E quando li a sinopse de Cinder, simplesmente não quis resistir. Essa é a primeira distopia que eu leio (ao menos consciente do que seja uma, hehe) e fiquei agradavelmente surpresa.
            Apesar de não poder estar mais distante do meu tipo habitual de leitura, Cinder é aquele tipo de história que te prende até a última frase. Porque a responsabilidade de manter o ritmo da leitura não recai somente sobre os ombros ciborgue da protagonista ou no charme do príncipe. Marissa Meyer cria todo um novo mundo, que envolve personagens secundários fascinantes na trama. 
            Nessa versão, Cinderela é uma jovem mecânica que trabalha numa feira da cidade fictícia de Nova Pequin, erguida após a destruição da original durante a Quarta Guerra Mundial. Estamos no ano de 126 da Terceira Era, e em meio a invenções extraordinárias e tecnologia cada vez mais infiltrada no cotidiano das pessoas, o planeta também enfrenta um surto de letumose, a peste do futuro. A economia vai por água abaixo, o clima entre os representantes das principais nações tenso e a Comunidade das Nações Orientais cria uma campanha para “recrutamento” forçado de ciborgues para servirem de cobaias na busca por um antídoto para a chamada peste azul.
            O azar da mocinha é uma das poucas coisas que permanece do original da história. Só por ser uma órfã criada por uma madrasta perversa já era o auge da exclusão social para uma adolescente, agora imagine se a menina fosse além de tudo, metade robô? Na Terra da Nova Era, os ciborgues são considerados uma classe inferior de pessoas. Linh Cinder é pouco mais que uma propriedade de Adri, sua tutora legal. E para ganhar sua liberdade, ela teria que provar sua autossuficiência. Muito próximo da compra da alforria, né?
            Já o Prícipe Kaito, é apresentado como um jovem ainda imaturo para tornar-se imperador, e aos poucos vamos nos prendendo a seu humor sarcástico e esperteza. No decorrer da história, vamos acompanhando sua evolução, até que ele é capaz de abrir mão do que mais quer em prol do bem de seu povo. E tenho que admitir que me diverti bastante com o modo com que a autora descreve a reação do Kai à visita da diabolicamente bela Rainha Lunar. Uma combinação de um jovem inexperiente com a firmeza de caráter de um Imperador, ui ui... Já falei que o moço fica um charme quando cora? Hehehe.

            “Kai abaixou a cabeça, olhando-a como se conseguisse enxergar através da placa de metal na cabeça dela. A intensidade do seu olhar não enfraqueceu.
 – Acho que você deveria ir ao baile comigo.
               Ela apertou os dedos. A expressão dele era muito genuína, muito segura. Os nervos dela formigaram.
 – Pelas estrelas – murmurou ela. – Você já não me perguntou isso?
 – Tenho esperança de receber uma resposta mais favorável dessa vez. E parece que fico mais desesperado a cada minuto.”

            E falando sobre construir uma trama em torno da história, os personagens secundários são essenciais a isso. A Iko é um androide doméstico com um parafuso a menos que faz com que ela diga as coisas mais engraçadas e tenha um carinho pela Cinder muito maior do que sua madrasta, quem supostamente tem um coração.
“Cinder se encolheu.
 – Será que poderíamos, por favor, não falar no príncipe?
 – Não acho que isso será possível. Você está trabalhando no androide dele, afinal. Pense só nas coisas que ele sabe, que viu e... – A voz de Iko afinou.
 – Você acha que ela já viu o príncipe nu?”
            Tenho a suave impressão que eu me daria muito bem com a Iko, se a conhecesse... Haha.
            Um outro personagem digno de menção é o Dr. Erland, sobre quem, logo no início do livro, a autora deixa escapar uma pista de suas reais intenções. Uma de suas assistentes diz que ele sempre priorizava jovens ciborgue do sexo feminino como cobaias para seus experimentos. E é claro, que minha imaginação fértil já presumiu que o cientista fosse algum tipo de tarado. Só que não. O que eu posso garantir é que em determinado ponto da história, as peças desse quebra cabeça começam a acontecer muito mais rápido e a se encaixarem. Recheada de sacadas incríveis, quase podia ouvir os “cliques” das engrenagens a cada mistério desvendado.

“ – Você é o milagre que eu esperava – disse ele. – Mas você está certa. Não é por causa de sua imunidade.”
                                            
            Mas a vilania da história fica por conta mesmo é da Rainha Levana, governante dos LUNARES. Sim, há pessoas morando na Lua. A malvada vem à Terra decidida a casar-se com o príncipe Kai (eca!) ou a travar contra todo o planeta uma guerra que ela tem todas as chances de ganhar. Tentando não revelar muito sobre a surpresinha (Tenho uma fofoca ótima sobre as origens da Cinder que eu não vou contar, haha), a presença da Rainha Lunar me fez pensar que a Cinder seria uma mistura de personagens, da uma olhada na minha continha:

            RoboCop + Cinderela + Homem de Ferro + Uma boa dose de Branca de Neve = CINDER

            Só mais um quote, juro que é o último!

“ – Você está preparada para nos acompanhar?
            Cinder apertou os lábios e baixou a mão. Lançou um olhar para Adri, mas não encontrou solidariedade nos olhos da madrasta. Um novo ódio crescia dentro dela. Alertas piscaram em seu visor.
  – Não, não estou.
             Cinder Girou a correia magnética, golpeando com orça o crânio do androide. O robô caiu no chão, as rodas girando no ar.


  – Eu não vou. Os cientistas já fizeram o suficiente por mim.”

           O que eu não consegui engolir foi o final. Como assim? Atiçar a curiosidade alheia e depois largar o leitor assim nesse suspense? Tsc tsc. Isso não se faz, Sra. Autora! Mas, o lado bom é que em breve eu apareço aqui com a resenha de Scarlet, segundo livro da Trilogia.


CURIOSIDADES
Durante uma conferência com os chefes de Estado, há um personagem que referido como “Presidente Vargas da América”. Coincidência?


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